sexta-feira, 21 de maio de 2010

Como vender lixo sem ser carroceiro

Há dez anos, o designer Justin Gignac discutia com amigos a importância da estética na embalagem. Não conseguindo convencê-los, radicalizou: disse que venderia às pessoas algo que elas não quisessem comprar, basicamente em função da embalagem.

O problema é que não sabia o quê vender. Olhou para Nova York e encontrou a resposta: lixo.

Apanhando coisas do chão, colocou em caixas únicas, sem cheiro, assinadas e datadas, sendo uma peça de recordação da cidade. Iniciou cobrando U$ 10 e hoje cobra U$ 50. Já está lançando, inclusive, edições especiais, com o lixo vindo de locais como os da virada do ano em Times Square ou de um jogo dos Yankees. Acompanhe nas fotos a seguir.

Apesar de ter convencido seus amigos, uma visão um pouco mais técnica de Marketing diria que as pessoas é que esperam da capital do mundo, coisas inusitadas, diferentes, únicas.

Não importa muito se é lixo em caixa acrílica, radiografia vendida em feira ou roupa de grife vendida na calçada: o que o turista quer é voltar e mostrar aos seus amigos algo que não obteria em outro lugar do mundo. É a experiência, tão difundida na literatura por Bernd Schmitt (1999).

2 comentários:

  1. A experiência dada por qualquer produto de fato é fundamental para que se possa falar sobre o que se adquiriu e fazer as recomendações aos amigos, podendo ser positiva ou negativa, mas estes comentários só existirão se houver uma experiência realmente marcante.

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  2. Sem dúvida! Além disto, muita gente acaba avaliando o produto sem perceber que a real motivação das pessoas é outra. O caso garbage demonstra claramente isto.

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