quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Marca para lugares


Para os brasileiros, a marca Miami (da cidade) se valoriza há muito.

Como um dos turistas que lidera os gastos por pessoa – US$ 5.000, aproximadamente – ultrapassa franceses e alemães, por exemplo. O dinheiro é gasto em condomínios de férias, roupas, móveis e jóias.

Não à toa, o atendimento aos brasileiros tem se superado, como forma de manter a marca do lugar em evidência: imobiliárias que se preocupam com a decoração de interiores dos apartamentos alugados, assessorias jurídicas especializadas em vistos e assessorias em trajetos turísticos para compras incomuns e exclusivos.

Trabalho de quem sabe!

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

As marcas e o Barça

Muitas marcas se parecem com o Barcelona.

É importante ser genial, mas parece ser mais importante ser participante de uma equipe talentosa, não necessariamente toda ela genial.

O Daniel Alves na seleção brasileira ou o Messi na sua seleção, não rendem o que é possível como quando estão juntos no Barcelona. Possivelmente, o método utilizado para trabalhar e valorizar o capital humano do time está acima dos próprios jogadores.

Se trouxermos para marcas do dia a dia, a equipe da Apple somente se manterá vibrante se estiver imbuída do método Steve Jobs de trabalho; a equipe X só se manterá competitiva caso mantiver pulsante o jeito de administrar do Eike Batista.

É um tema a ser pesquisado: o capital humano sobrevive com excelência sem um método que lhe dirija?

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Empresas verdes

As ações de responsabilidade social corporativa estão dominando as discussões estratégias nas organizações.

E alguns resultados já estão fazendo história.

Em Milão, foi lançado um edifício com a primeira floresta vertical do mundo, o Bosco Verticale (fotos abaixo). Serão duas torres residenciais e sustentáveis.

A ideia de devolver a natureza para quem mora em apartamento, por meio das árvores nas varandas, é excelente. E deveria ser copiada.

Além do conforto, outros aspectos estão sendo observados. As 900 árvores produzirão umidade, absorverão gás carbônico, e protegerão os moradores da radiação e da poluição; o empreendimento contará com um sistema sustentável para o abastecimento de energia (os apartamentos terão energia eólica ou fotovoltaica); e a água utilizada para a irrigação das plantas será filtrada e reaproveitada da água suja já usada pelo edifício.

É uma compensação justa para quem saiu de casa e decidiu morar em apartamentos.








sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

A alma feminina da propaganda

As marcas atentas já perceberam uma tendência ocorrendo que deve mudar as suas campanhas publicitárias.

Metade dos assinantes de canais eróticos e 35% da audiência da SportTv e do GloboEsporte já são de mulheres. As lutas de MMA já têm uma boa parcela da audiência composta do sexo feminino (31% do programa Combate é delas).

Nos programas de esporte, muito disso vem do que o meio chamou “carona”: assistiam porque os maridos ou namorados assistiam e, com o tempo e entendendo melhor as regras, começaram a gostar.

Algumas redes de TV já fazem pesquisas para atender ao gosto feminino dentro de programas outrora exclusivamente masculinos.

domingo, 4 de dezembro de 2011

Embalagem e marca

Para o fim do ano, a Coca-Cola lançou uma lata comemorativa. Vermelha? Não, branca!

Semanas depois desistiu, voltando para a cor tradicional.

Foi a primeira vez que a Coca-Cola normal foi vendida em uma lata branca, na verdade uma edição especial.

Muitos reclamaram que a embalagem comemorativa era muito parecidas às latas de Diet Coke, levando-os a, inadvertidamente, pegar a lata errada no supermercado. Outros acharam que a Coca-Cola tinha gosto diferente nas latas brancas (?!?!?!). Coisa de americano...

As novas latas temáticas vermelhas começarão a ser vendidas nesta segunda semana de dezembro.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Propaganda para quê?

Algumas marcas independem do esforço publicitário.

A Lamborghini lançou no Brasil o Aventador LP700 que leva você a 320 km por pouco mais de R$ 2,8 milhões. Para os apressados, de 0 a 100km em 2,9 segundos.

Antes mesmo do lançamento oficial em São Paulo, a Lamborghini já tinha vendido sete unidades. Nenhuma propaganda, apenas o desejo pela marca.

O comercial oficial do carro (acompanhe abaixo), embora bem produzido nada tem de criativo. Aliás, a mesma cena já foi vista para o lançamento de vários outros carros. E daí?


sábado, 19 de novembro de 2011

Novas mídias para velhos produtos


A chamada comunicação integrada pede que as mídias se conversem e que as ações sejam complementares, muitas vezes unas.

A agência de comunicação G&M Plumbing conectou a coqueluche midiática do momento, o facebook, com uma mídia tradicional, o outdoor, em uma ação para o seu cliente Robbins Brothers, da Califórnia.

A ação consiste do lançamento de outdoors exibindo mensagens postadas por clientes no facebook da empresa. O carro-chefe de vendas da joalheria Robbins é a aliança de casamento, o que auxilia a ação a ter sucesso.

As mensagens são exibidas por 8 segundos um dia após a postagem, que também é enviada por e-mail ao autor (veja abaixo).

Um produto absolutamente tradicional sendo comunicado de maneira realmente moderna.



sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Sustentabilidade para auxiliar a imagem

Pequenas contribuições podem fazer um bem enorme à marca.

A Coca-Cola apresentará uma embalagem de água mineral lançada pela empresa no Japão, em 2009: a Crystal Eco.

Ela tem uma tampinha menor com 0,8 gramas a menos de polipropileno que as anteriores, adota a tecnologia PlanBottle, que usa 30% do PET feito a partir da cana-de-açúcar (o restante é convencional, fabricado a partir de petróleo), e tem espessura e peso menores, reduzindo o consumo de PET por garrafa em 20%. Assim, a garrafa pode ser torcida antes de ser enviada para a reciclagem, apresentando um volume 37% menor (vide abaixo).

Como uma parte das pessoas precisa carregar seu lixo reciclável até os pontos de coleta em sacolas enormes, o fato de ter garrafas menores pode estimulá-las a apoiar o esforço de reciclagem.

É um esforço pequeno, mas para uma organização que constantemente é atacada por ter o principal produto como malfeitor da saúde, é um passo gigantesco para a melhoria da imagem.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Gerações e o lançamento de produtos

A geração Y (nascidos entre 1977 e 1996) e a geração X (nascidos entre 1965 e 1976) apresentam muitas diferenças. As que mais impactam o lançamento de novos produtos e suas marcas são a rapidez e ansiedade de um (Y) e o enfoque no planejamento do outro (X).

O podcast foi uma ferramenta que surgiu ao mesmo tempo que o blog. E o comentário geral era de que o substituiria por apresentar a voz do autor. No espaço de um texto amplo, uma narração.

A geração Y embarcou rapidinho. E desembarcou com a mesma rapidez. A geração X, mais acostumada a planejar, mensurar e comparar, preferiu aguardar. E nem chegou a conhecer.

Hoje é um produto morto. E os produtos para a geração Y (e também para a Z, posterior) serão lançados desta maneira: gratuitos, uma grande quantidade nem chegará à maturidade, e os que chegarem, possivelmente terão um ciclo de vida curto, se comparados aos produtos tradicionais.










desenho de Montanaro, encontrado por meio do Google

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Onde nem a Apple entra

No competitivo mercado global de smartphones, a Samsung (Galaxy S) leva vantagem sobre a Apple (iPhone 4S).

Com 24% do mercado, ante 16% da concorrente, a Samsung leva adiante o seu planejamento de marketing do final dos anos 90, cujo objetivo principal era ser a líder digit all, trocadilho usado na campanha que lançou a empresa definitivamente no mundo digital.

Embora tenha entrado somente no final de 2010 nesse segmento, a Samsung tem construído seu sucesso com base na força da marca, sempre lembrada pelos investimentos em P&D, e por um sistema de produção que mais rapidamente lança novos produtos no mercado.





sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Google fracassa. De novo. Quem lembra?

Marcas fortes devem ser gerenciadas com cuidado extremo, todo dia, o dia todo. Principalmente ao lançar novos produtos.

Lançar um produto sob guarda-chuva consolidado não é garantia de sucesso para o novo entrante.

A empresa Google teve fracasso em quase 40% dos novos produtos lançados. É muita coisa! Ultrapassa todas as estatísticas da literatura de marketing.

Dentre os sucessos, os óbvios Search, Gmail, Android e GoogleEarth. Dentre os fracassos, estão Buzz, Orkut e Google TV.

Esta realidade demonstra: que as marcas no segmento virtual podem necessitar de tratamento diferente das do segmento concreto; que o prejuízo para a marca-mãe, advindo do fracasso de um lançamento, pode ser menor; e que erros dessa natureza rapidamente são esquecidos.

É o branding se reciclando.



sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Ações indiretas para valorização da marca

Sempre se soube que uma marca é um conjunto de eventos que vão ocorrendo ao longo da vida da empresa e que fornecem uma promessa ao comprador.

A ação mais comum se refere à comunicação tradicional, por meio de comerciais ou anúncios. Por exemplo, o último comercial da Ford com a Débora Secco e o Anderson Silva. Veja abaixo.

No entanto, algumas ações mais específicas são mais eficientes ao longo de um tempo.

É o caso da Ford Europa, que adotou em sua linha de produção um microscópio de escaneamento eletrônico capaz de aumentar uma peça em até 200.000 vezes. A precisão é absoluta e permitirá qualidade ao nível nano nas peças da montadora. Fotos, respectivamente, de buracos em um alumínio, uma mancha de óleo e um parafuso.

Ações como esta não são propositadamente dirigidas à marca, mas trazem um benefício duradouro a ela, no longo prazo.

































sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Marcas que sobem ao pódio

A Amazon está posicionando a marca Kindle Fire, do seu tablet, de maneira bastante curiosa. Veja filme abaixo.

Há um segmento de consumidores que, impedido de comprar o iPad, bem mais caro e com funcionalidade superior, se contenta com o ‘genérico’.

Christensen denominou este fenômeno de inovação disruptiva, aquela oferta que não tem todas as características do líder de mercado, mas que atende (bem) a uma parcela significativa desse segmento, para quem o preço do líder é alto demais.

O autor argumenta que o insurgente (Amazon) tende a obter maiores vantagens do que o incumbente (Apple, líder), porque está “subindo” enquanto o outro, “descendo”.

Mais uma daquelas ações mercadológicas que somente o tempo confirmará. O Playbook (da RIM) não conseguiu.


sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Propaganda enganosa?

A propaganda da Reebok para o EasyTone já esteve presente neste blog, quando lançada a campanha. O produto prometia tonificar os músculos e os glúteos em mais de 25% em relação a outras marcas.

Esta semana a empresa aceitou um acordo com a Comissão Federal do Comércio dos Estados Unidos por propaganda enganosa, no valor de US$ 25 milhões.

A empresa continua afirmando que o uso do tênis tonifica os músculos. O órgão americano diz ser necessário embasar a propaganda com conhecimento científico.

É um baque para a marca. Nada que prejudique a sua condição de fabricante de materiais esportivos, mas “novos milagres” terão muitas dúvidas por parte dos consumidores quanto à sua eficiência.


* imagem de abertura captada na internet, sem autoria definida





sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Novos caminhos para a marca

Algumas ações para a construção da marca passam por caminhos pouco comuns.

Não é a primeira vez que empresas agem assim, nem a primeira vez da Apple.

Lançado e vendido na loja virtual da Apple (Us$ 0,99), o aplicativo PhoneStory (com ilustrações abaixo, da FSP) mostra o ciclo de vida de um smartphone. Ideia original, situações reais: o jogo mostra soldados gritando com mineiros, tentativa de suicídios em um prédio, recolhimento de lixo eletrônico com mínimas condições de saúde, enfim, todas as etapas porque podem passar os trabalhadores de empresas globais, aquelas que utilizam mão de obra com baixo custo para produção dos seus bens.

Após o lançamento do polêmico game, a Apple o retirou das prateleiras. Mas antes o aprovou integralmente. De acordo com a desenvolvedora italiana MolleIndustria, inventora do jogo, ele foi aprovado em menos de uma semana sem nenhuma restrição.

Polêmicas sempre renderam bons espaços gratuitos na mídia. Assim como neste blog. Ações dessa natureza aguçam o interesse das pessoas para o conhecimento do jogo e “valorizam”, nos termos da internet, quem conseguiu comprar antes da proibição.

Novos tempos para a antiga frase: “Falem bem ou falem mal, mas falem de mim”.


sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Redes sociais como meio de contato das marcas

A TopMan, linha masculina da TopShop (185 lojas, segunda maior rede no Reino Unido – perde para a Harrods), lança costumeiramente camisetas com frases irreverentes.

Uma das últimas tentativas, porém, sofreu um revés vindo das redes sociais.

Lançadas para serem engraçadas, as camisetas (foto abaixo) tinham dizeres como “Nova namorada legal. Qual a raça dela?” ou “Desculpe, mas...” e várias opções de complemento (“eu estava bêbado”, “eu te odeio”, “tive um dia ruim”).

Após alguns comentários negativos nas redes sociais, a empresa se utilizou do mesmo veículo para informar a retirada da linha, não sem antes pedir desculpas aos consumidores.

Não é a primeira polêmica causada pela TopMan. Pouco antes dessa coleção, ela lançou uma camiseta com os dizeres “Os estudantes estão se revoltando” (última foto) em alusão aos recentes protestos organizados pelos estudantes do Reino Unido contras as mudanças no sistema educacional, basicamente pelo aumento das mensalidades e corte nas verbas das universidades.

Um dos primeiros lugares que os estudantes apedrejaram durante as manifestações foi a principal loja da marca, na Oxford Circus. Daí a resposta da TopMan.


sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Marcas que se auxiliam

A construção de uma marca forte é sempre trabalhosa.

Às vezes, assim como na vida, é mais fácil se unir a outros para crescer.

Recentemente, a Ducati, uma das máquinas mais perfeitas das pistas, fez um trabalho conjunto com outra marca de engenharia de excelência: a Mercedes.

Em uma ação de cooperação tecnológica, a Ducati se uniu com a AMG, a divisão esportiva da Mercedes, para preparar a nova versão da superesportiva Diavel Carbon. Fotos abaixo.

Com produção limitada, o couro usado é o mesmo dos modelos mais caros da Mercedes, a roda é exclusiva e a motorização foi (ainda mais) "mexida".

No Brasil, a Ducati Carbon tradicional custa R$ 79.000. Não há previsão de chegada do novo modelo por aqui.




quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Para sobreviver às marcas


Os comerciais do Byafra (seguro) e do Túlio Maravilha (automóvel) agora se somam ao primeiro da série, aquele do Beto Barbosa, o rei da lambada, para uma cerveja.

Na linha do "ridicularize um ex-astro", a Fiat foi um pouco além: colocou o cigano Igor (Ricardo Macchi) para contracenar com Dustin Hoffman. E ser "humilhado". Acompanhe no comercial abaixo.

Embora não se entenda abertamente o motivo deles aceitarem, um dos primeiros é o valor dos cachês que, em todos os casos citados, não foi divulgado. O segundo pertence a cada artista: Byafra, por exemplo, esquenta um novo CD, virou hit nas redes sociais e triplicou o número de shows.


sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Apple: uma marca-exemplo do seu tempo

Steve Jobs anunciou, enfim, a sua aposentadoria executiva. Fica no Conselho.

A dúvida que paira é sobre a continuidade da expressiva participação da Apple quanto ao seu reconhecimento da marca, hoje a mais valiosa do mundo.

Quem teve oportunidade de ouvir ou ler a entrevista de um dos principais designers da empresa, Hartmut Esslinger, tem a certeza de que a identidade da marca está tão consistentemente construída por Jobs, que a marca continuará muito bem, com ou sem ele no dia a dia.

Parte da conversa está no link a seguir. Dentro, o link para o vídeo com a íntegra da entrevista.

http://epocanegocios.globo.com/Revista/Common/0,,EMI260282-16355,00-COMO+E+TRABALHAR+COM+STEVE+JOBS.html





sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Marcas que têm escravos, além de clientes

A notícia mais contundente da semana foi a investigação do Ministério do Trabalho em um dos fornecedores brasileiros da rede de lojas da marca Zara, por suposto trabalho escravo.

Não é a primeira vez que acontece. Também não será a última: no mesmo galpão em que a Zara estava, foram encontradas mais cinco marcas famosas que pagavam R$ 2 por peça produzida, com ambiente insalubre, poucas máquinas e sem segurança.

O caso mais conhecido foi o da Nike. Até hoje pouca coisa mudou para a empresa. Pagou a multa pela condenação, trocou de fornecedor e continuou vendendo. Possivelmente, ocorrerá a mesma coisa com a Zara e as demais.

No máximo, em alguma aula na universidade, um ou outro professor falará sobre o assunto. Rapidamente.