domingo, 13 de setembro de 2009

O capital humano na organização: criador ou criado

O cinto de segurança.

No início, não foi adotado pelas montadoras porque “demonstrava a fragilidade dos sistemas de freio”. Em pouco tempo, se mostrou como o grande salvador de vidas que é.

As organizações voltadas à competitividade são formadas por pessoas que vão além da dimensão esperada. Buscam soluções “fora do quadrado”, embora normalmente muito simples, como um protetor na forma de cinto.

Uma parte considerável das inovações interessantes é feita por essas pessoas. A internet é um depósito de ideias inteligentes, comprovando a teoria.

Ao observarmos o cotidiano organizacional tradicional, porém, surpresas vêm à tona. A despeito da necessidade de novos produtos, novos processos e novas pessoas, empresas apresentam um discurso afiado, mas não praticam o que propõem.

No blog da editora da ÉpocaNegócios, Alexa Salomão, é apresentada uma pesquisa da consultoria Fellipelli com 700 executivos que dizem preferir cumprir ordens e executá-las da forma mais eficiente possível. Do total, 58% declara dedicar seu tempo para organizar as tarefas e apenas 9% investe seu tempo na busca de novas ideias.

Prefiro acreditar nas palavras de Veen e Vrakking (2009), quando se referem ao novo consumidor, o homo zappiens, dizendo que “...criar, correr riscos e aproveitar oportunidades sempre foram as características humanas mais valorizadas, e quem as possui pode criar mais valor e obter riqueza. [...] Pelo fato de a mudança ser cada vez mais óbvia [...] as empresas estão procurando pessoas que sejam mais flexíveis, criativas e empreendedoras".

Pensando assim, podemos valorizar pessoas como o sueco Nils Bohlin, pesquisador da Volvo e inventor do cinto de segurança, há 50 anos, produto que é considerada como uma das dez maiores invenções da história (departamento de patentes da Alemanha). Também é dele a invenção do assento ejetável para aviões, desenvolvido quando trabalhava na Saab Aviação.

Pensando assim, marcas conseguem criar e propor valor ao consumidor, conforme a comunicação da Volvo tem demonstrado nos últimos 20 anos: a palavra que define a marca é justamente safety.

Um comentário:

  1. Lorena das Chagas Corrêa

    Problemas identificado:

    “Se eu tivesse perguntado a um consumidor o que ele precisava, ele me teria pedido um cavalo mais veloz”, afirmou Henry Ford, empresário que revolucionou a indústria automobilística.
    As empresas precisam identificar oportunidades além daquelas que seus consumidores podem ver. Inovar não se limita simplesmente a resolver problemas, mas imprimir melhorias que de fato acrescentem mais qualidade aos seus produtos e serviços.
    Talvez o que venha reprimindo o empreendedorismo e a inovação nas empresas atuais seja o estilo de liderança autoritária, adotado por muitas empresas em decorrências dos tempos de crises. É necessário direcionar o trabalho das pessoas, dizer-lhes o que é preciso fazer e determinar prazos. Mas Impor-lhes o modo como devem fazer e pressioná-las dizendo o que acontecerá caso a tarefa não seja realizada gera um clima ostil, que sufoca a criatividade e a iniciativa.

    Solução sugerida:

    Os líderes devem cultivar um estilo mais participativo e menos autoritário. Lançar desafios, motivar e incentivar a colaboração são formas de manter a equipe entusiasmada. Dessa forma a equipe assume os desafios da empresa para si como meta pessoal e não como obrigação.

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