sexta-feira, 15 de abril de 2011

Branding, desde sempre, é ético



‘Meu primeiro Claro é a forma mais legal de falar com meus amigos... meu primeiro Claro é estar longe e me sentir em casa. Se fala Claro, é claro que tem mais’.


Este é o título de um anúncio de celular. Mas não um anúncio normal: entre uma lição e outra, anúncios de página inteira ou de meia página falam sobre celulares e cereais, e são lidos diariamente em sala de aula por milhares de alunos menores de 12 anos de escolas privadas do Chile. Além disto, sites de algumas empresas privadas aparecem como sugestão para complemento de leitura.


A novidade tem provocado um debate nacional entre pais, educadores e autoridades no país. O governo diz que a propaganda pretende fazer com que os adolescentes enfrentem melhor a propaganda a que estão expostos cotidianamente. Os demais defendem que os alunos nesta idade não têm a capacidade de filtrar os estímulos.


Trata-se de propaganda subliminar, ainda que seu formato seja explícito. Enquanto lê o texto de estudo, é levado a ver as mensagens, como se fizessem parte do texto original, algo que não é verdadeiro. Sua capacidade de filtrar os estímulos da propaganda é, obviamente, limitado.


Ética sempre foi a base das ações de marketing. Esqueceram disto.

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