sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Marcas que se escondem para aparecer

O post da semana obrigatoriamente deve ser sobre o iPad. Não sobre a provável morte prematura do Kindle ou sobre o mesmo nome dado para um produto lançado pela Fujitsu em 2002, mas sobre a força da marca.

As marcas, como abordagem principal deste blog, têm na Apple um modelo interessante para benchmarking ou distanciamento.

Empresas de tecnologia normalmente lançam betas dos programas, formam grupos exclusivos de usadores do produto para testes, convidam jornalistas especialistas para opinar. Tudo para obter informações que auxiliem o trabalho do departamento de P&D.

Steve Jobs, não. Desenvolve em segredo, dificulta a vida dos parceiros com cláusulas de exclusividade, evita feiras de lançamentos eletrônicos e um dia lança o produto, dizendo mais ou menos assim: “Está aí! É maravilhoso! Podem comentar à vontade!”.

Não foi diferente com o tablet iPad, misto de smartphone com netbook (fotos abaixo).

Impressiona a força da marca. Produto da década (iPod), Empresa da década, Inovação da década (iMac), tudo rankeado por especialistas. E, basicamente, estão na cabeça de um homem os lançamentos da empresa.

Ainda lembro de que, nas aulas do doutorado (Métodos e Técnicas de Gestão do Conhecimento), se falava que o conceito de inovação tem mais a ver com a escolha dos produtos desenvolvidos (gestão) do que do próprio desenvolvimento (operação). Obviamente, Steve Jobs é um executivo que escolhe adequadamente aquilo que será sucesso, mesmo com várias tentativas fracassadas na carreira.

Esta forma de branding já foi comentada no blog anteriormente: empresas que lançam bens tão sensacionais que minimizam esforços anteriores sem sucesso, e trazem para a marca a aura de inovadores (3M), cool (Apple), queridinhos (Nestlé), excelência (Bose) ou outros.

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